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2º lugar no ranking

Mercado ilegal de cigarro chega a 34% no PR

Andréa Bertoldi/Equipe Folha
28 abr 2010 às 08:02

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O volume de cigarros ilegais representou cerca de 27% do total consumido no Brasil, o que equivale a 31 bilhões de unidades no ano passado. Esse mercado irregular movimentou cerca de R$ 2,7 bilhões e o governo deixou de arrecadar impostos indiretos da ordem de R$ 2 bilhões. No Paraná, 34% do mercado é ilegal e o Estado só perde para o Mato Grosso do Sul que tem índice de 38%. A estimativa é que 31% do varejo formal do Paraná venda cigarro contrabandeado, especialmente, pequenos estabelecimentos como bares, lanchonetes e padarias.

O diretor de planejamento estratégico da Souza Cruz, Paulo Ayres, disse que o maior percentual no Estado pode ser explicado pela fronteira com o Paraguai e também porque o ICMS sobre o produto é maior que em outras unidades da Federação. Hoje, 65% do valor do produto para o consumidor são impostos. No Paraná, esse percentual chega a 69% porque o ICMS é de 29%. Segundo ele, o mercado ilegal é formado por empresas brasileiras que não recolhem os tributos e por contrabando do Paraguai. Outro agravante são as empresas que não pagam tributos, mas conseguem reabrir as portas através de liminares obtidas na Justiça.

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No ano passado, o governo federal aumentou a carga tributária do cigarro em 41% e, as indústrias, tiveram que elevar o preço para o consumidor final em 27%. Para ele, isso também leva, de certa forma, as pessoas a procurarem produtos mais baratos no mercado ilegal.

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A ilegalidade gera três principais problemas: a evasão fiscal de R$ 100 milhões por ano, a perda de postos de trabalho e produtos com qualidade duvidosa sem regulamentação da Anvisa, com ausência de controle sanitário e sem as advertências do Ministério da Saúde.

A Souza Cruz teve uma queda na produção de cigarro de 78,5 bilhões de unidades em 2008 para 73 bilhões em 2009 por conta do aumento do contrabando. A empresa tem fábricas em Uberlândia e Porto Alegre, além de uma usina de beneficiamento de fumo em Rio Negro, no Paraná. A empresa conta com 40 mil produtores no Sul do Brasil, sendo 7 mil no Paraná. Hoje, o Brasil é o maior exportador de fumo com um volume de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões por ano.


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