Cerca de 50 pessoas representando os 12 mil sem-terra que participam da Marcha Nacional pela Reforma Agrária serão recebidas nesta terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações são da ABr.
Um documento foi organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), com 16 propostas que envolvem o desenvolvimento agrário, a integração nacional, a cultura, a juventude, política econômica, a saúde, a educação, a ciência e a tecnologia.
Para a área de ciência e tecnologia, a introdução do Programa do Biodiesel nos assentamentos é uma das propostas dos sem-terra. Eles reivindicam ainda a criação de parcerias entre o Instituto de Formação do MST (Iterra) com universidades e institutos vinculados ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
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Outra preocupação do MST é a preservação e o fortalecimento da identidade cultural dos cidadãos do campo. A pauta de reivindicações apresenta também propostas para a promoção cultural nas áreas de assentamentos da reforma agrária, como a realização de convênios e patrocínios a eventos nacionais e regionais do campo. Ações na área de saúde, como obras de saneamento básico, também são necessidades apontadas pelo movimento.
Em relação às mulheres, a pauta do MST sugere que o cadastramento no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) inclua o nome do homem e da mulher como titulares do lote e que seja ampliado o Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural, que tem como meta atualmente fornecer carteiras de identidade para 70 mil mulheres por ano. O movimento propõe ainda uma linha de crédito rural específica para mulheres e jovens para financiar atividades associativas e cooperadas.
A marcha que partiu de Goiânia (GO), no início do mês, tem como principal reivindicação o cumprimento da meta definida pelo governo federal no Plano Nacional de Reforma Agrária de assentar 400 mil famílias até o final de 2006. De acordo com o MST, apenas 11 mil famílias ligadas ao movimento foram assentadas em 2004.