A instalação de um parque científico na área ocupada atualmente pelo parque de exposições agropecuárias Castello Branco, na Região Metropolitana de Curitiba, pode atrasar. A Federação Paranaense das Associações de Criadores (Fepac) conseguiu uma liminar na 1ª Vara da Fazenda Pública, impedindo que a Emater faça a demolição de imóveis construídos por 15 das suas entidades filiadas no parque. A Emater, a pedido do governo do Estado, havia dado prazo até o dia 31 de março para que o Castello Branco fosse desocupado.
Até 2000, o Castello Branco abrigava a Feira do Paraná, evento que reunia criadores de gado de várias raças. A feira vinha sendo realizada no local há 32 anos. As últimas edições tiveram a participação de mais de 20 países. Por causa do sucesso, as associações de criadores construíram sedes próprias dentro do parque. Em média, as casas têm 200 metros quadrados e foram construídas em regime de comodato. Segundo o presidente da Fepac, Ugo Rodacki, o contrato de comodato com a Emater estabelece que a rescisão só pode ocorrer caso a entidade deixe de existir.
Rodacki disse que a entidade só recorreu à Justiça porque percebeu que o governo do Estado não vai se sensibilizar para a necessidade dos agropecuaristas em realizar uma feira na região.
Na ação judicial a Fepac pede ainda a manutenção da posse e, com base em perdas e danos e lucros cessantes, o ressarcimento às associações pela não realização das feiras nos últimos dois anos, onde os leilões apresentavam um rendimento médio de R$ 100 mil.
Leia mais em reportagem de Denise Angelo, na Folha de Londrina desta quarta-feira