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Indústria faz campanha contra a pirataria de agrotóxico

Redação - Bonde
23 mai 2002 às 10:17

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Uma campanha publicitária do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos Para Defesa Agrícola (Sindag) quer convencer o agricultor que herbicida falsificado ou contrabandeado é um mau negócio para a lavoura e para a sociedade. A campanha tenta impedir o crescimento das ações de pirataria, falsificação e contrabando de agrotóxicos, principalmente em regiões do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

A campanha é direcionada principalmente a agricultores e distribuidores de agrotóxicos e usa como principal argumento o aspecto criminal da utilização de herbicidas contrabandeados. O cartaz da campanha mostra um homem de costas, com as mãos algemadas. Embaixo estão os dizeres: "Herbicida contrabandeado é crime contra a saúde, a terra, a sociedade".

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Segundo o Sindag, a economia obtida pelo usuário dos produtos ilegais representa apenas 2% do custo total de produção e expõe o agricultor a riscos diversos. A campanha quer mostrar que o contrabando só beneficia os contrabandistas.

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Estimativas do setor dão conta de que o comércio ilegal de agrotóxicos deve inibir a movimentação de valores próximos a US$ 20 milhões em 2002, sobretudo em tributos fiscais e encargos, além de receitas das empresas. Os "piratas" e contrabandistas usam marcas comerciais reconhecidas, registradas nos Ministérios da Saúde e Agricultura, e as falsificam com o objetivo de vender a preços inferiores aos dos produtos originais.

Os maiores índices de pirataria registrados pelo Sindag provêm da sojicultura. Os herbicidas são o principal alvo dos falsificadores e contrabandistas. Por serem produtos tidos como caros, mas indispensáveis à produção, tornaram-se a coqueluche do mercado ilegal. A marca ClassicÒ, da norte-americana DuPont, é possivelmente a mais atingida. A empresa não se pronuncia sobre o assunto.


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