Rural

Guaraqueçaba exporta banana orgânica

07 mai 2001 às 15:14

Produtores de banana de comunidades carentes de Guaraqueçaba, litoral norte do paraná, estão exportando banana em passas orgânica para a Europa. Até o fim desse ano serão vendidas 20 toneladas do produto para consumidores da Suiça. Para 2002 um único comprador já encomendou 40 toneladas do produto.

Até agora 60 produtores, principalmente da comunidade de Boituva, estão produzindo banana orgânica para exportação no litoral norte do Paraná. A expectativa é que agricultores de outras comunidades também comecem a produzir banana orgânica.


A comercialização é coordenada pela Organização Não Governamental (ONG) Terra Preservada - alimentos orgânicos, de Colombo (Região Metropolitana de Curitiba). "Com a agricultura orgânica as famílias conseguem uma melhoria na qualidade de vida e colaboram para a preservação da mata Atlântica", diz o presidente da Terra Preservada, Rogério Konzen. A banana em passas orgânica tem um preço de mercado 60% superior ao produto convencional.


Nesta segunda-feira, Konzen assinou um convênico com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). A partir de agora a SPVS fará projetos em parceria com a Terra Preservada para o desenvolvimento sustentável das comunidades que vivem em áreas de Mata Atlântica. "O que faltava para a SPVS era um elo com o mercado", diz o diretor da SPVS, Clovis Borges, "a partir de agora isso será feito pela Terra Preservada, que conhece os compradores e quais os melhores mercados para os produtos orgânicos."


Além da venda garantida, os agricultores também conseguem um crescimento da renda familiar com o produto orgânico. Com a banana convencional, rendimento anual fica próximo a R$ 1,8 mil por hectare. Se a produção for orgânica os rendimentos sobem para R$ 4 mil por hectare ao ano. "A melhor forma para garantir que as comunidades preservem o meio ambiente é oferecer garantias de rendimento econômico", explica Konzen.


O mercado de produtos orgânicos cresce cerca de 25% ao ano em todo o mundo. Os principais consumidores são a Europa, Estados Unidos e Japão.

Leia mais em reportagem de Emerson Cervi, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta terça-feira


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