No frigorífico Amambai, de Maringá, 80% dos 800 animais abatidos por dia estão dentro das normas de rastreabilidade, garante o diretor João Martins.
Segundo o responsável pelo departamento de compras, Jonas Teixeira Filho, o pecuarista está sendo remunerado com R$ 1,00 a mais na arroba pela entrega do animal rastreado. O percentual de animais rastreados deve aumentar a partir de outubro com o aumento da oferta de bois para até 900 cabeças/dia.
Com o pagamento de R$ 1 a mais por arroba o diretor do Amambai, João Martins, acredita que o frigorífico já esteja arcando com as despesas da rastreabilidade. Um boi rende, em média, 17 arrobas e, por ele, o frigorífico tem pago R$ 17 a mais. Como os custos com rastreabilidade têm ficado, em média, segundo os pecuaristas, entre R$ 7 e R$ 10, João Martins considera que o investimento já está sendo pago pela indústria, ''com sobras''.
Ele acredita que esse valor deverá se manter como forma de atrair novos fornecedores. ''O nosso maior problema é manter a qualidade constante. O Paraná é um Estado onde se tem extremos; temos animais de ótima qualidade e outros muito ruins. A qualidade seria uma forma de manter os mercados, não de ganhar mais pela carne, mas de diferenciar a carne brasileira frente aos seus concorrentes.''