Produtores franceses de cana-de-açúcar pedem que a União Européia (UE) resista à tentativa do Brasil de questionar na Organização Mundial do Comércio (OMC) os subsídios ao setor. O Itamaraty, juntamente com a Austrália, recorreram à entidade na semana passada para pedir que o apoio doméstico recebido pelos agricultores europeus fossem julgados por árbitros internacionais.
De acordo com a Agência Estado, os representantes dos produtores franceses alegam que 28% da renda vem dos subsídios dados pelos governos. Com o fim do regime do açúcar, o temor é de que essas famílias acabem sendo obrigadas a deixar as terras.
Para funcionários do governo brasileiro, o fato de que quase um terço da renda dos agricultores franceses vem dos subsídios é prova de que o cultivo de cana-de-açúcar na Europa tem baixa rentabilidade e é altamente ineficaz. O Brasil alega que, ao subsidiar os produtores, os europeus estão impedindo que regiões mais competitivas, como o sudeste brasileiro, possa exportar uma maior quantidade de açúcar ao mercado internacional.
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Nos cálculos do Ministério da Agricultura, o Brasil poderia ganhar US$ 1 bilhão por ano caso os europeus modificassem suas práticas.