O feriado prolongado e as medidas adotadas no começo desta semana, contribuíram para terminar com as filas de caminhões de soja e milho destinados à exportação pelo Porto de Paranaguá. Em acordo feito com a secretaria estadual dos Transportes, as cooperativas, empresas e produtores se comprometeram a reter parte da produção no campo.
As filas de caminhões chegaram a ter 120 quilômetros, se formaram ao longo da BR-277, que liga Curitiba a Paranaguá. De acordo com o diretor técnico do Porto de Paranaguá, Luiz Ivan de Vasconcellos, o movimento é normal no setor de triagem. "A movimentação de caminhões é tranquila no pátio do Porto e cerca de 500 caminhões esperam para desembarcar", disse. O pátio de triagem tem capacidade para cerca de 1 mil caminhões. A Polícia Rodoviária Federal também não registrou filas ao longo da BR-277 no feriado.
Segundo o diretor técnico do Porto, não está descartada a hipótese de novas filas se formarem a partir desta segunda-feira. "A partir de domingo, os caminhoneiros que foram passar a Páscoa com a família e buscar novas cargas de soja e milho, devem voltar ao Porto. Isso pode resultar em mais filas, sem falar na possibilidade de chuvas, que obrigarão o porto a interromper o descarregamento da safra de grãos", revela.
Levantamento do Porto mostra que nesta safra já foram escoados 1,3 milhão de toneladas de soja em grão; 1 milhão de toneladas de farelo de soja; 730 mil toneladas de milho e 200 mil toneladas de açúcar. A previsão é que o Paraná deva exportar metade das 7,7 milhões de toneladas de soja produzidas nesta safra. No ano passado, segundo Vasconcellos, o Porto exportou 4,6 milhões de toneladas de soja e 3,8 milhões de toneladas de farelo. O Porto, maior terminal de exportação graneleiro do País, também é a porta de saída para outros Estados, como Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Além de uma quantidade maior de soja, o Porto vai registrar uma exportação recorde de aproximadamente 1,8 milhão de toneladas de milho. Isso requer cuidados especiais porque soja em grão e milho têm de ser movimentados de forma separada na chegada dos caminhões ao Porto, na disposição dentro dos armazéns, na chegada ao corredor de exportação e até dentro dos porões das embarcações.