A falta de chuvas em municípios localizados do Norte Pioneiro já provocou quebras irreversíveis na produção de feijão. Em função do clima, a produção de milho está sofrendo com o ataque de lagartas e o plantio de soja está atrasado.
Essa é a quarta safra de resultado econômico péssimo para o produtor, afirmou o engenheiro agrônomo e produtor Taurino Alexandrino Loyola, presidente da Associação de Produtores de Cereais de Wenceslau Brás.
Em alguns municípios não chove há mais de 40 dias. Alexandrino avalia que a quebra de feijão na sua região será da ordem de 50% a 60%. Com a tecnologia utilizada no plantio do feijão de cor, seria viável colher entre 80 a 85 sacas por alqueire. "Mas com a falta de chuvas, a colheita não passa de 40 sacas por alqueire", afirmou. Os municípios mais prejudicados são Wenceslau Brás, Tomazina, Siqueira Campos, São José da Boa Vista, Santana, Salto do Itararé.
O acúmulo de prejuízos está excluindo o pequeno produtor de feijão, aumentando ainda mais a concentração do plantio por parte de médios e grandes produtores mais capitalizados, disse Alexandrino. "Eles podem aguentar o reajuste no preço dos insumos que foi muito elevado", justificou.