A estiagem que atinge a Região Sul desde novembro do ano passado provocou prejuízos de R$ 777 milhões à agricultura de Santa Catarina. A falta de chuva atingiu principalmente a safra de grãos (milho, soja e feijão) e a produção de leite. De acordo com último relatório do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), o maior impacto foi sentido na safra de milho em grão, com perda de 48% da produção e prejuízo de R$ 372,5 milhões. A soja, que aparece em seguida, registrou queda de 24,8% na produção e prejuízo de R$ 192,6 milhões. A produção de leite foi a terceira mais impactada, com perda de 7,4%.
O Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram) confirma que entre março e os 17 primeiros dias de abril as chuvas ficaram até 80% abaixo da média. O fenômeno La Niña é apontado pelos meteorologistas do Ciram como um dos principais responsáveis pela estiagem. O fenômeno intensifica os bloqueios atmosféricos nos oceanos Pacífico e Atlântico, inibindo a chegada de frentes frias.
Segundo a meteorologista Gilsânia Cruz, a previsão não é animadora para o oeste e meio oeste catarinense – regiões mais atingidas pela estiagem. O período que vai até junho ainda deve ser marcado por chuva abaixo da média nessas áreas. A previsão é que do planalto ao litoral, onde há municípios que também sofrem impacto da estiagem, os valores fiquem mais próximos da média climatológica. Em maio e junho, as chuvas diminuem significativamente em relação ao observado em um verão normal.
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Nesta sexta-feira (20), as nuvens alternam com aberturas de sol e há condições de chuva isolada com trovoadas. Para amanhã (21), está prevista uma mudança significativa no tempo, com previsão de chuva de moderada a forte, em alguns momentos, com risco de temporais com ventania e granizo isolado, devido à influência de uma frente fria. O Ciram informa que, além da chuva, os catarinenses podem esperar a chegada do frio neste fim de semana, devido ao avanço de uma intensa massa de ar de origem polar.