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Não-certificada

Embrapa fiscaliza plantações de soja via satélite

Redação Bonde
21 out 2006 às 18:17

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) auxiliará o Ministério da Agricultura, com o monitoramento por satélite, na fiscalização de plantações de soja não certificada.

"O sistema de monitoramento identifica campos de soja desconhecidos e permite que equipes do ministério façam a fiscalização no local", explicou Demerval Viana, sub-gerente de cultivo de sementes e mudas da Embrapa, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

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Segundo Viana, os satélites utilizados pela Embrapa registram imagens de plantações em um raio de 180 quilômetros. Essas imagens permitem a diferenciação de mudas de soja das de outras plantas. "Elas mostram o terreno, a umidade, a cor da planta e do solo. Com isso, conseguimos saber quando as sementes foram plantadas e qual a situação das mudas", disse. Os campos de produção serão fotografados via satélite a cada 15 dias.

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De acordo com Ywao Miyamoto, presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), "as sementes precisam ter origem conhecida, precisam ser fiscalizadas pelo ministério e devem ser certificadas. Se não há isso, não são consideradas semente, tratam-se apenas de grãos de soja ensacados e vendidos para plantação".

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As sementes não certificadas (ilegais), acrescentou Miyamoto em entrevista à Agência Brasil, são vendidas a um preço menor e o produtor, na maioria das vezes, as compra de boa fé. "O agricultor pensa que está saindo no lucro, mas os prejuízos são grandes. As sementes, às vezes, nem chegam a germinar. São gastos, em média, 75 quilos de grãos por hectare, com sementes ilegais. Com sementes certificadas, que são atestadas, o gasto é de 50 quilos por hectare".


Miyamoto também explicou que as sementes certificadas têm garantia de "sanidade, pureza, beneficiamento e germinação" e recebem um atestado do Ministério da Agricultura. "No preço dessas sementes está embutido o pagamento de royalties às empresas que as desenvolveram. Uma delas, no Brasil, é a Embrapa. Novas pesquisas, que fazem avançar a produção agrícola, são financiadas por esses royalties", disse.

Agência Brasil


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