Rural

Embarque de soja em Paranaguá aumenta 26%

19 mar 2003 às 19:30

As exportações do complexo soja pelo Porto de Paranaguá tiveram uma expansão significativa neste ano, de cerca de 26%. Do início de janeiro até esta quarta-feira, foram embarcadas 1,6 milhão de toneladas, contra 1,3 milhão de toneladas registradas no mesmo período do ano passado.

O volume de soja em grão exportado aumentou 37,7%, e o do farelo, 6,8%. O melhor desempenho ficou com o óleo de soja, cujas exportações aumentaram 90% na comparação com 2002.


Segundo o boletim da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), já foram embarcados neste ano 680 mil toneladas se soja em grão, contra 493 mil registrados entre janeiro e 19 de março do ano passado.


O volume de exportações do farelo de soja passou de 720 mil toneladas para 770 mil toneladas, e o de óleo, de 123 mil toneladas para 234 mil toneladas.


Segundo a engenheira agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura, Vera Zardo, o aumento nas exportações é resultado da produção recorde de soja que tanto o Paraná como o Brasil vão ter neste ano.


''Aumentou a área da soja, por causa da boa rentabilidade, e com isso a produção aumenta. A maior parte disso é mesmo voltada para o mercado externo'', avaliou.


O Paraná deve colher 11 milhões de toneladas de soja, superando em 12% o volume da safra anterior, informou Vera. Se esse número se concretizar, o Estado também vai apresentar recorde de produtividade.


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trabalha com uma produção brasileira de soja 18,5% maior do que a do ano passado. ''Com isso o Porto de Paranaguá registra grande movimento, porque é o maior exportador de soja do Brasil'', acrescentou Vera.


Segundo o analista técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Robson Mafioletti, é muito importante o aumento nas exportações de óleo de soja, um produto com maior valor agregado. ''Isso gera riqueza e renda dentro do Paraná e do Brasil'', avaliou.

Ele disse que as indústrias da cadeia da soja voltaram a trabalhar na capacidade total. ''Há dois anos, a situação delas não era boa, não havia margem de lucro e muitas até fecharam. Mas agora estão operando em plena carga'', afirmou.


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