Uma doença que provoca lesões em animais semelhantes à da "vaca louca" foi encontrada em três ovelhas em propriedade da Região Central do Paraná. Para combater a propagação, já foram sacrificados quase 300 animais.
Em nota de esclarecimento ao público, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento afirma que se trata de uma doença exótica, conhecida cientificamente como "Paraplexia Enzoótica" e que ataca e destrói as células nervosas dos cérebros (neurônios) nos ovinos.
O médico veterinário Felisberto Queiroz Baptista, coordenador da Área de Sanidade Animal da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, descartou qualquer relação com a "Encefalopatia Espongiforme dos Bovinos", conhecida como a doença da Vaca Louca.
Assim que soube da confirmação da doença nos ovinos, através de exames de laboratório, a Vigilância Sanitária agiu rápido. Ontem determinou o sacrifício de 290 ovinos aparentemente sadios que tinham relações de parentesco com as três ovelhas doentes e que já foram sacrificadas antes. Entre a descoberta dos sintomas da doença, no início do ano, e o sacríficio dos animais doentes foi no máximo uma semana disse Baptista.
A ocorrência da doença já foi comunicada ao Ministério da Agricultura, em Brasília, e à Organização Internacional de Epizootias em Paris. A esses órgãos interessa a agilidade e a rapidez da Vigilância Sanitária em sacrificar imediatamente os animais, como realmente aconteceu, esclareceu Baptista.
A doença é considerada exótica e se manifestou em ovinos pertencentes a linhagens canadenses importadas dos Estados Unidos no início da década de 90. Segundo Baptista, nos 200 anos que se conhece a "Paraplexia Enzoótica" em ovinos não se tem nenhum caso registrado na literatura científica de transmissão da doença ao homem, afirmou.
Leia mais em reportagem de Vânia Casado, na Folha do Paraná desta quinta-feira