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Conflito agrário

Declaração de líder do MST provoca reações em Brasília

Bonde, com informações da Agência Brasil
25 jul 2003 às 15:30

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O governo reagiu de forma veemente às declarações do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, que pregou, no Rio Grande do Sul, uma guerra dos trabalhadores rurais contra fazendeiros.

Em nota à imprensa, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, classificou as declarações de Stédile de "absurdo inconcebível, um equívoco brutal e uma ameaçadora agressão ao estado de direito e à democracia". Segundo o ministro, defender uma solução violenta para a reforma agrária significa "não ter compromisso com o império da lei, com a democracia e com a paz".

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Roberto Rodrigues disse, ainda, que as declarações do líder do MST estão na contramão dos avanços alcançados pelo setor agrícola nos últimos anos. Ele ressaltou que o agronegócio é o mais importante setor da economia brasileira, respondendo por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) e que gera 37% do total de empregos no país. O saldo comercial produzido pelo setor, nos últimos 12 meses, é superior a US$ 24 bilhões.

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Em palestras no interior do Rio Grande do Sul, neste semana, Stédile tratou os fazendeiros como "inimigos". Em determinado momento, chegou a lembrar a diferença, em número, de fazendeiros e trabalhadores rurais. "Será que mil perdem para um? É muito difícil. O que nos falta é nos unirmos, para cada mil pegarem um. Não vamos dormir até acabarmos com eles", disse o líder do MST.

O deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO), membro da bancada ruralista, também reagiu às declarações de Stédile. O parlamentar criticou o governo por não tomar providências para evitar as invasões do MST. Caiado foi categórico ao dizer que o governo, ao não reprimir as "ações criminosas" praticadas pelo MST, está deixando que "desequilibrados" como Stédile acendam o barril de pólvora em que se transformou a questão da reforma agrária no país.


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