A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) estão preocupadas com a elevação nos custos de transporte durante o período de escoamento da safra. Estudo realizado pela Faep indica que 23% do valor da soja corresponde ao custo de intermediação na comercialização da safra, como frete, armazenagem e operações porturárias.
Diante dessa constatação, a briga das entidades este ano será para reduzir esses custos, avisa Carlos Augusto Albuquerque, assessor econômico da Faep. Segundo ele, o aumento excessivo nos custos acontece devido à concentração do período de escoamento da safra, entre os meses de março e julho, o que provoca uma alta geral nas tarifas de todos os serviços.
Uma das críticas da Faep e Ocepar tem como alvo a atuação da ferrovia América Latina Logística (ALL) no transporte da safra. A Faep diz que a empresa foi privatatizada com a missão de regular o mercado de frete, mas não vem cumprindo esta missão.
A ALL se defende de praticar preços altos no mercado e disse que, no ano passado, o frete rodoviário subiu o valor de suas tarifas três vezes acima dos valores praticados pelo frete ferrovário. Se houver redução do volume transportado este ano, certamente o custo do frete também deverá recuar, informa a empresa.
Leia mais da reportagem de Vânia Casado na edição desta terça-feira da Folha de Londrina