Pela primeira vez
O consumo da erva-mate no Brasil está em momento de expansão, e o produto volta a desempenhar um papel importante na economia paranaense. O principal motivo é a realização de pesquisas realizadas pela Embrapa Florestas, que abriram mercado para o produto, basicamente consumido como chimarrão. Existem também outros usos para a erva-mate, que entra na composição de produtos farmacêuticos, detergentes, para limpeza pessoal, refrigerantes e sucos.
Até o final do ano, o Brasil deve processar 1 milhão de toneladas de erva-mate, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento. Isso representa um aumento de 47% em relação à safra 1999/2000, quando foram processadas 680 mil toneladas. O Paraná é o maior produtor nacional, com participação de 32%.
Ampliando consumo De acordo com o presidente da Comissão Nacional da Erva-Mate (Conamate), Jorge Mazuchowski, esse aumento revela a nova realidade industrial. "Há aumento do consumo interno em forma de chá gelado ou tererê em São Paulo, Minas Gerais, Rondônia e Mato Grosso do Sul", avalia. Outro produto que vem ganhando mercado, segundo Mazuchowski, é o composto de erva-mate, mistura de chimarrão com outras ervas, lançado há três anos.
"Os integrantes da cadeia produtiva estão tendo visão de que é preciso divulgar produtos, apresentar formas alternativas de consumo", afirma Mazuchowki. Mas ele acha que ainda devem ser feitas novas pesquisas para incrementar a tecnologia de produção no Brasil. "Estão sendo desenvolvidos produtos fármacos no Japão, França, Canadá, Estados Unidos para tratamentos do sistema nervoso e digestivo e outros países desevolvem compostos para higiene ambiental e uso pessoal", revela. No Brasil, a Natura lançou no início do ano esfoliantes e sabonetes com erva-mate.
Falta matéria-prima Porém a cadeia produtiva já sente falta de matéria-prima, principalmente a erva-mate nativa, mais procurada por sua qualidade melhor. De acordo com a economista do Deral, Neusa de Almeida Rucker, isso fez com que o preço da arroba atingisse um bom preço (R$ 3,52 segundo o Deral). "A maioria da produção vem de pequenos produtores, que sobrevivem com esses valores", conta Neusa.
Em São Mateus do Sul, município que responde por 50% da produção paranaense, a Prefeitura, em parceria com o Programa Florestas Municipais do governo estadual, pretende produzir 1 milhão de mudas de erva-mate no próximo ano. Atualmente, a produção de 500 mil mudas é distribuída para pequenos produtores da região. "A indústria necessita que se produza mais, e por isso estamos com objetivo de adensar os ervais já existentes", explica o prefeito, Luiz Adyr Gonçalves Pereira (PTB).
Na opinião do gerente da indústria de processamento de erva-mate Vier, Clóvis Luis Buttenbender, de São Mateus do Sul, a parceria entre produtores e industriais possibilitou o incremento da produção. "Conseguimos ganhar mercados conscientizando e organizando a cadeia produtiva, investindo em higiene, por exemplo", afirma. "Centralizamos a produção aqui. Em outras regiões o retorno não foi o esperado, e a erva desses lugares recebe valor até 60% menos do que de São Mateus", completa.
Até o final do ano, o Brasil deve processar 1 milhão de toneladas de erva-mate, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento. Isso representa um aumento de 47% em relação à safra 1999/2000, quando foram processadas 680 mil toneladas. O Paraná é o maior produtor nacional, com participação de 32%.
Ampliando consumo De acordo com o presidente da Comissão Nacional da Erva-Mate (Conamate), Jorge Mazuchowski, esse aumento revela a nova realidade industrial. "Há aumento do consumo interno em forma de chá gelado ou tererê em São Paulo, Minas Gerais, Rondônia e Mato Grosso do Sul", avalia. Outro produto que vem ganhando mercado, segundo Mazuchowski, é o composto de erva-mate, mistura de chimarrão com outras ervas, lançado há três anos.
"Os integrantes da cadeia produtiva estão tendo visão de que é preciso divulgar produtos, apresentar formas alternativas de consumo", afirma Mazuchowki. Mas ele acha que ainda devem ser feitas novas pesquisas para incrementar a tecnologia de produção no Brasil. "Estão sendo desenvolvidos produtos fármacos no Japão, França, Canadá, Estados Unidos para tratamentos do sistema nervoso e digestivo e outros países desevolvem compostos para higiene ambiental e uso pessoal", revela. No Brasil, a Natura lançou no início do ano esfoliantes e sabonetes com erva-mate.
Falta matéria-prima Porém a cadeia produtiva já sente falta de matéria-prima, principalmente a erva-mate nativa, mais procurada por sua qualidade melhor. De acordo com a economista do Deral, Neusa de Almeida Rucker, isso fez com que o preço da arroba atingisse um bom preço (R$ 3,52 segundo o Deral). "A maioria da produção vem de pequenos produtores, que sobrevivem com esses valores", conta Neusa.
Em São Mateus do Sul, município que responde por 50% da produção paranaense, a Prefeitura, em parceria com o Programa Florestas Municipais do governo estadual, pretende produzir 1 milhão de mudas de erva-mate no próximo ano. Atualmente, a produção de 500 mil mudas é distribuída para pequenos produtores da região. "A indústria necessita que se produza mais, e por isso estamos com objetivo de adensar os ervais já existentes", explica o prefeito, Luiz Adyr Gonçalves Pereira (PTB).
Na opinião do gerente da indústria de processamento de erva-mate Vier, Clóvis Luis Buttenbender, de São Mateus do Sul, a parceria entre produtores e industriais possibilitou o incremento da produção. "Conseguimos ganhar mercados conscientizando e organizando a cadeia produtiva, investindo em higiene, por exemplo", afirma. "Centralizamos a produção aqui. Em outras regiões o retorno não foi o esperado, e a erva desses lugares recebe valor até 60% menos do que de São Mateus", completa.