Rural

Cooperativas contabilizam perdas no milho safrinha

09 jul 2001 às 20:04

As cooperativas estão contanto as perdas ocorridas no plantio do milho safrinha, quando a geada afetou a cultura no mês passado. Segundo o engenheiro agrônomo Nelson Costa, da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), nas áreas de baixadas, onde estava plantada a cultura, a perda chegou até 20%. Ele diz que as perdas ocorreram em todas as regiões porque o milho estava numa fase sensível a baixas temperaturas.

Costa não avalia o impacto que essas perdas vão provocar na produção estadual, mas adianta que as cooperativas já detectaram o prejuízo em suas áreas de influência. O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, mantém a expectativa de produção de 2,9 milhões de toneladas para o milho safrinha. Uma revisão nessa projeção só será conhecida no final do mês, diz a engenheira agrônoma Vera da Rocha Zardo.


Segundo a engenheira agrônoma do Deral, Rossana Katiê Bueno, as geadas foram mais severas na região Oeste, onde a técnica admite que houve perdas nas regiões de baixadas. Segundo Katiê, na região Norte onde é expressivo o plantio de milho safrinha não houve geadas. Os produtores que plantaram milho safrinha este ano não têm o amparo da Companhia de Seguros do Estado de São Paulo (Cosesp), que ainda não pagou o sinistro do ano passado.


O preço do milho pago ao produtor já reagiu no mercado. Ele recebia em torno de R$ 7,20 a R$ 7,30 a saca e agora está recebendo entre R$ 7,80 a R$ 8,20 a saca, dependendo da região. No atacado, o milho está cotado entre R$ 9,20 a 9,30 a saca. Segundo Costa, essa valorização é resultado da descontração da oferta. As exportações continuam absorvendo a produção e as cooperativas não precisam mais recorrer à estrutura de armazenagem, que encarece a manutenção. A previsão é exportar ainda este ano cerca de 3 milhões de toneladas de milho.

A colheita do milho safrinha já começou e a produtividade alcançada até agora está ocilando entre 4 mil a 4,5 mil quilos por hectare, o que é considerado um ótimo índice para o período, avalia Costa.


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