Uma comitiva de produtores e assessores parlamentares norte-americanos esteve nesta segunda-feira, em Cascavel, visitando o Show Rural Coopavel. Eles vieram ao Brasil com a justificativa de conhecerem as novidades tecnológicas, que estão sendo apresentadas durante o evento, considerado um dos mais diversificados do setor agropecuário do País, e a necessidade de entenderem mais sobre a agricultura brasileira.
Dentre os membros da comitiva, estava o representante do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no Brasil, Ronald Verdonk, que defende a necessidade dos dois países encontrarem formas de trabalharem juntos para um melhor desenvolvimento da agricultura. Verdonk ressaltou que não se pode ''ignorar o nível da produção de soja brasileira'', mas negou que exista uma preocupação do governo norte-americano com uma possível perda de mercado para o Brasil.
Em relação à Área de Livre Comércio das Américas (Alca), Ronald Verdonk esclareceu que cabe ao Brasil e ao Mercosul apresentarem uma contra-proposta em relação a oferta feita pelos Estados Unidos. Ele garantiu que seu país está pronto para eliminar os subsídios internos, mas que não pode fazer isso sozinho. ''Já fizemos essa oferta ao Japão e à União Européia, que não aceitam. No ano passado, os subsídios dados pela UE foram três vezes superiores aos dados pelo governo americano'', afirmou.
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Outro membro da comitiva, Dwain Ford, presidente da Associação Americana de Soja, acredita que a Alca é uma oportunidade de expansão para os países americanos. Ele completou que é necessário existir ''um campo de jogo nivelado, com oportunidades para todos participantes''. Ele garantiu que a nova lei agrícola americana é a mais democrática de todos os tempos. ''O governo vem reduzindo os subsídios para a agricultura'', acrescenta.
Sobre o Show Rural, Ford afirmou que a visita era importante para observarem os novos equipamentos e tecnologia à disposição dos produtores brasileiros. Ele confirmou que a próxima safra de soja americana poderá sofrer uma redução de área plantada em relação ao ano passado, o que considera uma ''grande chance'' para o Brasil expandir seu mercado.