Os consumidores vão ter que reduzir este ano o consumo de feijão carioca, item da cesta básica, se quiserem economizar. O alerta é do analista de mercado da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) João Figueiredo Ruas. O clima, segundo ele, foi o vilão que causou o aumento do preço do produto.
O analista explicou que a safra de feijão 2006/2007 foi muito grande e o preço do produto caiu no mercado e então os produtores optaram pelo milho e a soja para a safra de 2007/2008. Mas o clima irregular, com escassez de chuvas nas principais regiões feijoeiras - Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia -, fez com que a primeira safra 2007/2008 fosse comprometida.
"Mesmo com o mercado escasso houve uma alta no consumo por causa do aumento do salário mínimo, da economia aquecida e da inflação baixa. Mas mesmo assim alguns produtores não quiseram se arriscar e continuaram a plantar outros grãos. Esse ano vamos ter a menor área de feijão plantada", disse.
Leia mais:
IDR Paraná e parceiros realizam Show Rural Agroecológico de Inverno
Quebra de safra obriga Santo Antônio da Platina a cancelar Festa do Milho
Paraná: queda no preço de painel solar estimula energia renovável no campo
AgroBIT Brasil 2022 traz amanhã soluções tecnológicas para o agronegócio
Um saca de feijão preto, com 60 quilos, custava no ano passado entre R$ 30 e R$ 35, hoje está avaliada em R$ 130, em média.
O feijão carioca, o mais consumido na Região Sul e Sudeste, tem o preço ainda mais alto, em média varia de R$ 180 a R$ 235, segundo João Ruas.
De acordo com o analista da Conab, o país não tem de onde importar o feijão carioca, porque quem produz consome.
ABr