O presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, afirmou hoje que a China mostrou a intenção de autorizar mais 41 frigoríficos brasileiros a exportar carne de frango ao país. "Temos 25 questionários prontos de unidades que se candidataram. Foram as que levamos na missão comercial realizada nessa semana", explicou Turra, em encontro com jornalistas. "Mas as autoridades chinesas nos disseram que elas pretendem autorizar 41 e não somente 25. Pediram para mandarmos o restante dos documentos para fazerem a análise e aí habilitar todas", completou.
O executivo esclareceu que, pela complexidade dos questionários, não houve tempo para preenchimento de maior número de documentos. Entretanto, a perspectiva é boa com relação aos embarques da carne de frango. O mercado chinês foi aberto em 2009 e hoje 24 unidades estão autorizadas a vender para o país. Na lista dos 10 maiores importadores da carne de frango brasileira no trimestre, a China apareceu pela primeira vez na 8ª posição, com embarques de 39,335 mil toneladas no período. Os principais cortes embarcados são meio, ponta e asa inteira, além dos pés.
Japão
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Sobre o Japão, o diretor de mercado da Ubabef, Ricardo Santin, disse que a demanda é crescente hoje, em decorrência do desastre natural. Somente em março foram vendidas ao mercado japonês 38,563 mil toneladas de carne de frango, um aumento de 10% a 15% sobre a média histórica mensal.
"A demanda só não é maior porque eles estão com problemas de logística e distribuição, porque muitas vias foram danificadas", explicou. O executivo diz que a demanda do país pela carne de frango brasileira tende a voltar ao patamar normal em aproximadamente em seis meses. "Eles são muito rápidos para se reestruturarem", disse Santin.
No primeiro trimestre do ano, o Brasil exportou 933 mil toneladas, aumento de 10,1% em comparação com as 848 mil toneladas no mesmo período de 2010. Em receita, houve aumento de 28,3%, passando de US$ 1,455 bilhão nos primeiros três meses de 2010 para US$ 1,866 bilhão este ano, impulsionado pelo aumento do preço médio do produto em 16,6%, com a tonelada comercializada a US$ 2.001.
Os principais destinos da carne de frango no trimestre foram Oriente Médio (39%), Ásia (27%), União Europeia (12%), África (12%), América (7%) e países europeus que não integram o bloco (3%). Já os maiores porcentuais de crescimento da compra de frango brasileiro foram registrados pelo Chile, com alta, em volume, de 276%, Irã (149%), Portugal (121%), Egito (119%) e China (86%).