A Associação Brasileira de Suinocultura (ABCS) está promovendo uma campanha para incentivar o consumo de carne suína. A meta é derrubar a barreira do preconceito contra o produto. O setor tem passado por uma crise devido aos baixos preços nos últimos meses.
O alvo da campanha são as crianças. O objetivo é criar uma cultura de consumo do produto, através da introdução da carne suína na merenda escolar. Para isso, a Associação dos Suinocultores do Norte do Paraná (Assuinopar) está fazendo parceiras com prefeituras da região de Londrina. No contato com as prefeituras, a associação vai oferecer curso de capacitação para as merendeiras e a distribuição de uma revista educativa para os alunos. "A idéia é passar informações de que a carne suína é um produto saudável. Vamos demonstrar as qualidades da carne, que é a mais consumida no mundo, como a menor taxa de colesterol e de gordura saturada", aponta o presidente da Regional Norte da Assuinopar e diretor da Sociedade Rural do Paraná, José Luiz Vicente da Silva.
Campanha - A campanha está sendo lançada num momento importante para o setor. Os reflexos da decretação de focos da febre aftosa no Paraná ainda afetam os preços, que estão baixos devido ao excesso de estoque. O excedente no Paraná, de acordo com José Luiz, é de 65 mil toneladas. A estimativa da Assuinopar é que o estoque em Santa Catarina seja ainda maior. A conseqüência imediata é que o preço tem despencado. O quilo está cotado em R$ 1,60 nos últimos dias. O valor ideal, de acordo com o presidente regional da Assuinopar, seria de pelo menos R$ 2,20 para bancar os altos custos de produção.
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A preocupação da associação é que muitos produtores deixem a atividade, que hoje gera 213 mil empregos diretos no campo. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) até já fez contato com a associação com o objetivo de obter dados exatos sobre o excedente de suínos no Paraná para decidir acerca de uma possível intervenção.