O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Deni Schwartz, fez nesta segunda-feira, na Fazenda Nossa Senhora da Conceição, em Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba), a abertura da primeira etapa da campanha estadual de vacinação contra a febre aftosa de 2002. O trabalho de imunização – que é obrigatório para todos os pecuaristas que criam bovinos e bubalinos – vai de 1º a 20 de maio.
Deni vacinou algumas das 550 vacas holandesas da fazenda, onde são produzidos diariamente 5 mil litros de leite do tipo "A" (com o melhor padrão de higiene). O trabalho deverá estar concluído em no máximo três dias. "A vacinação já é uma rotina no manejo de todas as propriedades que têm compromisso com a qualidade do produto final e a satisfação do consumidor", disse o proprietário da fazenda, Alexandre Souza e Silva.
Durante os próximos 20 dias, cerca de 9,7 milhões de animais criados no Estado, em mais de 210 mil propriedades, receberão a primeira dose da vacina referente à campanha deste ano. As doses podem ser compradas nas 800 casas de produtos agropecuários em atividade no Paraná ou, no caso dos pequenos criadores, diretamente dos vacinadores treinados e credenciados pela Secretaria da Agricultura.
Cerca de mil vacinadores farão a vacinação volante. No Sudoeste, por causa dos municípios que fazem fronteira com a Argentina, eles percorrerão todas as propriedades. Depois de vacinar o gado, o criador deve comprovar a vacinação e cadastrar o rebanho na unidade veterinária mais próxima. Existem 120 em todo o Estado. O cadastro atualizado é o instrumento da Secretaria da Agricultura para dimensionar o crescimento do rebanho e detectar casos de proprietários que não tenham imunizado seus animais dentro do prazo.
Quem não vacinar espontaneamente o rebanho até o dia 20 terá que fazê-lo compulsoriamente e ainda pagar multa. Quem incorrer na falta pela primeira vez pagará R$ 57,00 por cabeça não vacinada. Se for reincidente, o valor da multa dobra.