A participação da produção de café do Paraná na safra nacional 2001/2002 deverá cair drasticamente em função das geadas, ocorridas em julho que arrasaram as lavouras. Com isso a produção paranaense caiu de quarto para o sexto lugar entre os principais estados produtores de café. O Estado deverá colher apenas 400 mil sacas do produto no ano que vem, o que dá uma participação de 1,5% na produção nacional de café que deve atingir 26,7 milhões de sacas, conforme previsão do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
A produção da próxima safra será colhida de uma área de 50.600 hectares que restou em produção, de uma área prevista de 156.500 hectares. Portanto, cerca de 106 mil hectares de café foram destruídos pelas geadas. Na safra que acabou de ser colhida (2000/2001), o Paraná colheu 1,9 milhão de sacas, também prejudicadas pela estiagem ocorrida no ano passado.
Apesar da frustração com a perda da safra, a pesquisa feita pela Embrapa e Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Deral) constatou que o cafeicultor paranaense não está desanimado com a atividade. Pelo contrário, está reunindo forças para investir em tecnologia e recuperar o prejuízo, avaliou o economista Marcos Adami, do Deral. Prova disso é que está aumentando o índice de colheita no pano que eleva a qualidade do café paranaense.
A pesquisa constatou que na safra 2000/2001, que acabou de ser colhida, o índice de colheita no pano ficou em 51%, enquanto 49% da colheita foi feita no chão. Segundo Adami, a colheita no pano está crescendo ano a ano, o que mostra a preocupação do cafeicultor em melhorar a renda através da qualidade.