Termina hoje (31) o prazo para produtores de café manifestarem interesse em renegociar suas dívidas. A possibilidade de renegociação está prevista em resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN). Os interessados devem se dirigir aos bancos credores e formalizar a intenção. Depois, terão até 15 de julho para fechar os novos contratos. O benefício vale para operações de crédito vinculadas a lavouras de café arábica, referentes a custeio, investimento e à comercialização. As dívidas devem ter parcelas no período de julho de 2013 a junho de 2014.
O objetivo da renegociação é socorrer os cafeicultores, já que o setor atravessa uma crise. Os preços do grão estão em queda no mercado doméstico e internacional, em função da oferta elevada. Agricultores brasileiros alegam que a venda das sacas de café não está cobrindo os custos com a produção. Ontem (30) o CMN aprovou resolução destinada a estimular o comércio do grão, aumentando de R$ 50 milhões para R$ 100 milhões o teto da linha de financiamento para aquisição de café. O colegiado também ampliou prazos para contratação de crédito.
Também na quinta-feira, o Ministério da Agricultura divulgou a disponibilidade de R$ 300 milhões em recursos para do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para financiar a colheita de café. De acordo com a assessoria de comunicação do ministério, o dinheiro é parte dos R$ 2 bilhões destinados ao Funcafé para a última safra. Os recursos tiveram atraso na liberação. O montante para 2014 não está definido e ainda não tem data para liberação. Segundo a pasta, a ideia é que os cafeicultores aproveitem os recursos restantes do ano passado para iniciarem a colheita sem necessidade de vender café no início da safra, já que os preços costumam ser baixos.
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Outra política do governo de socorro ao setor cafeeiro são os leilões de contratos de opções de vendas. Em 2013, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou quatro operações do tipo. Por meio delas, o governo se compromete a adquirir sacas de café dos produtores ao preço prefixado de R$ 343. Em março, os produtores do grão poderão decidir se vendem seu café para a Conab ou se o negociam no mercado, caso os preços sejam mais vantajosos.