O Banco do Brasil está antecipando a liberação de R$ 1,5 bilhão para compra de insumos, como sementes e fertilizantes, contra R$ 590 milhões em 2002. A informação foi dada nesta quinta-feira, pelo vice-presidente de agronegócios e governo do banco, Ricardo Alves da Conceição.
Segundo ele a decisão atende aos produtores que sempre reivindicaram financiamentos em "épocas oportunas". Do total de recursos que podem ser sacados até junho, R$ 900 milhões terão taxas de juros controlada de 8,75% e R$ 600 milhões com taxa livre. Com isso, o representante do Banco do Brasil espera uma taxa média entre 12% e 15% ao ano.
Ricardo Conceição anunciou também a liberação de R$ 450 milhões para financiamentos da safra de inverno deste ano (trigo, cevada, e centeios) com taxa de juros de 8,75%. No caso de agricultura familiar a taxa cai para 4%. Em 2002 foram liberados apenas R$ 250 milhões.
Outra medida do banco é liberar a partir de agora R$ 250 milhões (150% a mais que em 2002) para a estocagem de milho. O objetivo é garantir o abastecimento do mercado interno já que pode haver aumento nas exportações em função dos bons preços no mercado externo. Ricardo Conceição lembrou que com estas medidas o banco está garantindo o fluxo do financiamento da safra que deve totalizar R$ 15,5 bilhões.