A recuperação dos preços do algodão deve estimular os produtores que estavam desanimados com a cultura. A expectativa é do analista do Departamento de Economia Rural da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Deral), agrônomo Maurício Lunardon. Ele chama a atenção para a elevação do preço alcançado pela pluma no atacado há um ano, R$ 28/arroba, e agora, R$ 49.
De acordo com a última pesquisa de intenção de plantio - a quarta realizada pelo Deral - o Paraná deve cultivar 28.340 hectares e colher 63.225 toneladas de algodão em caroço e 22.761 toneladas de algodão em pluma. Com relação à safra anterior, isso representa uma redução de 19% na área e 22,5% na produção. O motivo do desestímulo foram as boas perspectivas de mercado da soja.
A partir de junho, a cotação da fibra passou a subir e a torná-la novamente competitiva. Para Lunardon, essa tendência deve mudar a partir da constatação de que o algodão está voltando a atingir preços de mercado compensadores. "O produtor deve levar em conta que existe um cenário mundial de retração de oferta. Ao mesmo tempo, com as condições do câmbio, o Brasil está exportando bastante e reduzindo ainda mais a oferta interna, o que ajuda a elevar os preços", argumenta.
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O Paraná começou a plantar algodão este mês. Já foram semeados cerca de 7% da área estimada para a próxima safra. A área plantada até agora é praticamente a mesma observada no mesmo período do ano passado, apesar da estiagem verificada nas regiões que concentram o plantio - Centro-oeste, Norte e Noroeste do Estado.