O Paraná iniciou a colheita de algodão da safra 2002/2003 e, segundo estimativas do Deral, a produção será inferior à da safra passada. O estado deve colher 68.680 mil toneladas de algodão em caroço; 12.855 mil t a menos que na safra de 2001/2002 quando foram colhidas 81.535 mil t. A área de plantio também foi reduzida este ano, de acordo com dados do Deral, em 13%.
O Paraná plantou 30.480 hectares, contra os 35.160 hectares da safra passada.
Segundo o técnico do Deral, Maurício Tadeu Lunardon, a área de plantio vem caindo sistematicamente nos últimos cinco anos. De maior produtor do país, há mais de 10 anos, com 700 mil hectares cultivos e produção de 1 milhão de toneladas; o Paraná hoje tem que importar algodão para atender as suas indústrias de fiação.
O setor consome anualmente, de acordo com dados do Deral, 85 mil t de algodão em pluma; o estado deverá produzir 25.410 mil t. Segundo o presidente da Coceal, em Ibiporã, Almir Monteceli, a produção paranaense cobre apenas 25% da demanda da indústria; 75% é importado de grandes estados produtores, principalmente do Mato Grosso. Isto implica em uma média de R$ 350 milhões que saem do Paraná anualmente.
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Hoje, as regiões do Paraná que mais produzem algodão são a de Umuarama 6.780 hectares e a de Campo Mourão, com 5.500 hectares. Lunardon afirma que não se trata de o Paraná voltar a cultivar 700 mil hectares, como há 10 anos; e sim conseguir ampliar a área de cultivo para 100 mil ha, o que seria suficiente para atender a demanda da indústria de fiação.
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