A participação do agronegócio nas exportações totais do Paraná passou de 54% para 55% devido ao bom desempenho do setor sucro-alcooleiro, milho, café, produtos florestais e couro.
Mas, por outro lado, os segmentos agroindustriais mais importantes tiveram queda, especialmente, os complexos soja (grão, farelo, óleo, margarina e lecitina) e carnes (bovina, aves, suína e outras).
A economista da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Gilda Bozza, explica que a redução das exportações do setor de carnes está diretamente ligada à crise da febre aftosa, do embargo da Rússia aos suínos e da ameaça da gripe aviária.
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No caso da soja, Gilda explica que um dos problemas que mais afetou as exportações foi o desvio de cargas para outros portos. Ela disse que o produtor passou a se programar e fazer um cronograma de comercialização, ou seja, vai vendendo o produto à medida que precisa para fazer frente aos seus compromissos financeiros.
O setor industrial também mostrou os sinais do efeito da crise que afetou também as exportações da área automotiva. As exportações deste segmento tiveram queda na geração de divisas de 14%, passando de US$ 2 bilhões para US$ 1,71 bilhão.
Soja - O complexo soja registrou receita de US$ 1,72 bilhão de janeiro a outubro e teve queda de 11% nas exportações. As vendas externas de soja em grão somaram US$ 635 milhões contra US$ 829 milhões em igual período de 2005. As exportações de farelo de soja geraram receita de US$ 661 milhões, 9% inferior ao montante do mesmo período do ano passado. O volume comercializado caiu de 3,65 milhões para 3,43 milhões de toneladas.
Através do Porto de Paranaguá foi escoado um volume de 2,79 milhões de toneladas de soja em grão, 21% inferior ao comercializado no mesmo período de 2005.