No Parque Ney Braga
Os agricultores familiares que dependem da cultura do café querem renegociar suas dívidas para recuperar as lavouras depois das geadas do ano passado. Dos R$ 80 milhões em débitos que os cafeicultores do Paraná têm junto ao Banco do Brasil, estima-se que entre 3% e 4% correspondem a empréstimos à Agricultura Familiar.
Além do Paraná, pequenos cafeicultores de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rondônia estiveram ontem no Ministério do Desenvolvimento Agrário para renegociar as dívidas do Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar (Pronaf). O secretário de Agricultura Familiar, Gilson Bittencourt, encaminhou a proposta de prorrogação das dívidas para o Ministério da Fazenda.
Conforme a proposta, a primeira parcela seria paga em maio de 2002, a segunda em julho de 2002, a terceira em novembro de 2002 e a quarta parcela, em maio de 2003.
Para o engenheiro agrônomo Rubens Pimenta de Pádua, do núcleo da Secretaria da Agricultura em Cornélio Procópio, essa prorrogação não vai ajudar muito o pequeno cafeicultor do Paraná que teve perda total nas lavouras, com as geadas ocorridas no ano passado. Isso porque as lavouras que tiveram que ser recepadas (corte rente ao chão) ou replantadas só vão entrar em produção após o terceiro ano de plantio, portanto, o cafeicultor só vai conseguir capacidade de pagamento a partir de 2003, acredita.
Para o técnico, os agricultores que conseguiram colher café este ano, tiveram uma "catação" e não uma produção. Em todo o Estado devem ser colhidas este ano cerca de 25 mil toneladas de café, informou o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Paraná. Com essa produção, os agricultores não conseguem honrar as dívidas, lembra.
Além disso, os produtores não contavam também com a queda drástica nos preços. Hoje uma saca de café beneficiado está sendo vendida entre R$ 90 e R$ 100, muito abaixo da média histórica, que era de R$ 150 e R$ 180. De acordo com Pádua, quem conseguiu colher, não está tendo a remuneração adequada para pagar os investimentos. Ele salienta que a situação dos cafeicultores, inclusive dos pequenos que dependem exclusivamente da lavoura, está crítica. "Muito produtor deixou de plantar café no período de plantio, em março e abril, porque não tinha recursos", constata.
Embora as dívidas dos cafeicultores, agravadas após a geada, vêm penalizando todas as categorias de produtores, os agricultores familiares são em maioria no Paraná. Conforme levantamento do Deral, 83% da área cultivada com café no Estado estão em propriedades inferiores a 50 hectares. A área total ocupada com área produtiva e não-produtiva (em crescimento) de café somam 163,9 mil hectares.
Além do Paraná, pequenos cafeicultores de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rondônia estiveram ontem no Ministério do Desenvolvimento Agrário para renegociar as dívidas do Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar (Pronaf). O secretário de Agricultura Familiar, Gilson Bittencourt, encaminhou a proposta de prorrogação das dívidas para o Ministério da Fazenda.
Conforme a proposta, a primeira parcela seria paga em maio de 2002, a segunda em julho de 2002, a terceira em novembro de 2002 e a quarta parcela, em maio de 2003.
Para o engenheiro agrônomo Rubens Pimenta de Pádua, do núcleo da Secretaria da Agricultura em Cornélio Procópio, essa prorrogação não vai ajudar muito o pequeno cafeicultor do Paraná que teve perda total nas lavouras, com as geadas ocorridas no ano passado. Isso porque as lavouras que tiveram que ser recepadas (corte rente ao chão) ou replantadas só vão entrar em produção após o terceiro ano de plantio, portanto, o cafeicultor só vai conseguir capacidade de pagamento a partir de 2003, acredita.
Para o técnico, os agricultores que conseguiram colher café este ano, tiveram uma "catação" e não uma produção. Em todo o Estado devem ser colhidas este ano cerca de 25 mil toneladas de café, informou o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Paraná. Com essa produção, os agricultores não conseguem honrar as dívidas, lembra.
Além disso, os produtores não contavam também com a queda drástica nos preços. Hoje uma saca de café beneficiado está sendo vendida entre R$ 90 e R$ 100, muito abaixo da média histórica, que era de R$ 150 e R$ 180. De acordo com Pádua, quem conseguiu colher, não está tendo a remuneração adequada para pagar os investimentos. Ele salienta que a situação dos cafeicultores, inclusive dos pequenos que dependem exclusivamente da lavoura, está crítica. "Muito produtor deixou de plantar café no período de plantio, em março e abril, porque não tinha recursos", constata.
Embora as dívidas dos cafeicultores, agravadas após a geada, vêm penalizando todas as categorias de produtores, os agricultores familiares são em maioria no Paraná. Conforme levantamento do Deral, 83% da área cultivada com café no Estado estão em propriedades inferiores a 50 hectares. A área total ocupada com área produtiva e não-produtiva (em crescimento) de café somam 163,9 mil hectares.