Rural

Agricultores familiares têm direito a seguro agrícola

16 mar 2007 às 16:21

Cerca de 9 mil agricultores familiares e assentados de reforma agrária no estado do Paraná estão habilitados a acessar o Programa de Garantia de Preços (Pgpaf).

Trata-se de um seguro para financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para o custeio de arroz, feijão, milho, mandioca, soja e leite.


Segundo o delegado federal do Desenvolvimento Agrário no Paraná, Reni Denardi, o seguro é garantido sempre que o preço de comercialização estiver abaixo do preço de garantia definido anualmente.


"É um valioso instrumento para os agricultores familiares se proteger diante de adversidades que estão fora do seu controle, como frustrações de safra devido a intempéries climáticas e acentuadas quedas de preços nos mercados de produtos agrícolas".


Ele afirma que, no estado, apenas os produtores de feijão tiveram preço de mercado inferior ao preço de garantia. "Em fevereiro, o valor médio de comercialização foi de R$ 36,77 por saca de 60 quilos. O preço de comercialização no mês anterior era de R$ 53".


De acordo com Denardi, os agricultores devem procurar o agente financeiro (Banco do Brasil, outros bancos e cooperativas de crédito), onde terão direito a um bônus de desconto no mesmo percentual da diferença entre o preço médio mensal de comercialização e o preço de garantia do produto.


"Para quem pagar entre 10 de março e 9 de abril, o desconto será de 30,62%. Esse percentual é diferença entre o preço de comercialização (R$ 36,77) e o preço de garantia (R$ 53)".


Ele acrescenta que os 9 mil agricultores financiaram aproximadamente R$ 30 milhões. "Se o desconto de 30,62% for mantido até o vencimento de todos os contratos, haverá um abatimento de mais de R$ 9 milhões. Dinheiro que os agricultores familiares paranaenses não precisarão pagar e que será arcado pelo Tesouro Nacional".


O Paraná é o principal produtor de feijão, colhendo duas safras por ano. A primeira colheita de 2007 rendeu 600 mil toneladas e a segunda, que está sendo plantada, tem uma estimativa de colheita de mais 200 mil toneladas.


"A cultura é muito suscetível ao clima, que este ano está favorável. Com isso, aumenta a oferta derrubando os preços do produto".

Agência Brasil


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