Rural

Açúcar mascavo do Paraná deve ser vendido na França

28 mar 2002 às 15:48

A partir de 2003, parte do açúcar mascavo produzido pela Cooperativa Agropecuária de Produtos Orgânicos da Terra (Cooperterra), de Santo Antonio da Platina, começará a abastecer o mercado francês. A informação é da presidente da cooperativa, Maria Iracema Fernandes dos Santos. Por enquanto, o produto é vendido a granel para a indústria alimentícia Yoki e, a partir desta semana, começa a freqüentar as gôndolas da rede de supermercados Ales, de Santo Antonio da Platina.

A Cooperterra é formada por 65 associados que cultivam em média quatro alqueires de cana-de-açúcar cada um. Destes, 18 contam com microusinas de beneficiamento. Juntos, os cooperados produzem diariamente 800 quilos de derivados de mascavo e também rapadura. A renda líquida mensal por usina, nesse primeiro ano, é de R$ 6,5 mil. A renda líquida anual de todas as associadas é de R$ 2.551.500.


Com essa estrutura, movimentada por oito empregados, a Cooperterra entrega mensalmente para a Yoki 60 mil toneladas de açúcar mascavo. Outras 40 mil toneladas são destinadas à marca "Sabores da Terra", que começa a chegar no comércio do Norte Pioneiro em caixas e embalagens plásticas de um quilo desenvolvidas com assessoria do programa Fábrica do Agricultor, que também orientou a cooperativa no processo de legalização sanitária.A Fábrica do Agricultor é outra iniciativa do governo estadual para apoiar os pequenos produtores paranaenses.

Dos 65 cooperados, todos produzem de acordo com o sistema orgânico (sem o uso de agrotóxicos) mas, por enquanto, apenas oito têm a produção certificada. A meta, segundo Maria Iracema, é certificar toda a produção e, com isso, abrir mais espaço no mercado internacional. "É um outro diferencial para o nosso produto, que já se caracteriza por ser mais escuro que o mascavo produzido em outras regiões do Paraná", disse.


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