A Rota das Catedrais, um percurso de pedal que atrai praticantes de várias cidades e estados do país para o Norte do Paraná, é considerada um evento de alto impacto na economia regional. Dos 1,5 mil participantes da edição de 2023, que farão a largada da Catedral de Londrina rumo à Catedral de Maringá no próximo sábado, dia 20 de maio, cerca de 800 são de localidades diferentes. Ou seja, vão demandar hospedagem, alimentação e transporte, além de gerarem impactos nos segmentos de entretenimento e varejo.
Do estado do Paraná são 1.329 inscritos de 99 cidades, além de Londrina e Maringá. Os ciclistas também estão vindo dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
Segundo o gerente do Hotel Crillon em Londrina, Luiz Afonso Giglio, a unidade deve hospedar cerca de 100 ciclistas e familiares, e desde abril já não há mais disponibilidade de quartos para o dia 19 de maio. “Eventos como a Rota das Catedrais trazem muitas pessoas para a cidade e promovem o desenvolvimento e a geração de renda em uma infinidade de atividades econômicas, de forma robusta e sustentável”, afirmou.
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Em Maringá, destino final do percurso de 120 km, as hospedagens se prolongam no final de semana e o setor de alimentação sente o benefício direto com a alta movimentação gerada na cidade após a finalização do evento. “Além do aspecto cultural e de conexão com a cidade, a Rota das Catedrais impacta positivamente toda a cadeia produtiva do turismo e é considerado um evento de grande importância econômica para o município”, destacou a superintendente da Secretaria da Aceleração Econômica e Turismo de Maringá, Fernanda Oliveira.
ATRATIVOS CULTURAIS
Além da prática esportiva, os inscritos na Rota das Catedrais escolhem o percurso pelo desafio e pela interação com a natureza. As paisagens que as estradas rurais reservam são recheadas de histórias. No roteiro, entre morros e vales, estão várias igrejinhas construídas por imigrantes do norte paranaense.
Em cada uma delas os participantes encontram pontos de abastecimento. Saindo da catedral de Londrina, a primeira passagem é por Nossa Senhora de Lourdes, localizada em Colônia Lorena, Cambé, construída há quase seis décadas. Depois vem a Capela Santo Antônio, feita em madeira, em 1955, no patrimônio Caramuru, na divisa entre Cambé e Rolândia, e reconstruída posteriormente com tijolos.
A capela São João Batista, de madeira, é uma das mais belas da Rota, e fica no Campinho, em Arapongas, na estrada para Sabáudia. É uma réplica da primeira igreja matriz de Arapongas, construída em 1938. A primeira capela de Sabáudia no percurso é a Nossa Senhora do Monte Carmo, localizada no km 21 na Estrada do Bom Progresso. É a primeira na descida dos paralelepípedos, construída em 1973. Depois vem a Santa Luzia na Vila Vitória e a Santo Antônio, na Vila Progresso.
Por volta do km 70 os participantes passam por um lindo cenário rural às margens do Rio Pirapó, no Vilarejo do Pau D’Alho, que divide os municípios de Sabáudia e Mandaguari, onde está localizada a Igreja Presbiteriana Paul D’Alho. A capela Sagrada Família é a última no percurso. A igreja foi construída em 1964 e é um belo monumento que remonta aos tempos áureos do café na região. Está localizada na Estrada do Alegre, km 14, patrimônio Belém.
A largada da Rota das Catedrais será às 7 horas da Catedral Metropolitana de Londrina. Os participantes têm até 10 horas para chegarem à Catedral de Maringá, onde uma estrutura, montada especialmente para o evento, é preparada para receber os atletas e familiares, com equipes de apoio e espaços de convivência.
A organização e estruturação do evento é feita pela P14 Sport, com apoio da Prefeitura de Londrina, por meio do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), da Fundação de Esportes de Londrina (FEL), da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU) – que fará a organização do trânsito em torno da Catedral – e da Guarda Municipal (GM), que auxiliará os batedores da Polícia Milita