Economia

Revendedores seguram alta do gás, mas reajuste impacta os mais pobres em Londrina

17 mar 2022 às 09:02

Seis dias após entrar em vigor o aumento nos preços dos derivados de petróleo, muitos revendedores de gás de cozinha em Londrina ainda não repassaram integralmente a alta aos seus clientes. Na última sexta-feira (11), a Petrobras reajustou o GLP em 16%, mas os preços dos botijões de 13 quilos na cidade subiram entre 10% e 13%, segundo cotação feita pela reportagem da FOLHA junto a estabelecimentos comerciais. Para não afugentar os consumidores, em um primeiro momento a estratégia foi segurar um pouco o aumento. Mas economista alerta para o impacto que o aumento de um item essencial à sobrevivência terá na vida da população, especialmente a de baixa renda.


Uma revendedora de gás de cozinha em Londrina reajustou o preço do produto em 13%, pouco abaixo do anunciado pela Petrobras. Um botijão, que antes do aumento era vendido a R$ 110, agora sai por R$ 125. Apesar da alta, as vendas cresceram. “Os clientes estão comprando mais porque estão com medo de desabastecimento caso haja uma greve dos caminhoneiros”, disse a proprietária do estabelecimento, Maria Cristina Delcolli.


Na semana passada, nos dias que antecederam o reajuste, contou Delcolli, muitos consumidores correram à loja para comprar dois ou três botijões de uma só vez como forma de garantir o preço antigo. Agora, após o aumento, há clientes pedindo para parcelar. “Não são muitos, mas alguns pedem e a gente divide o pagamento em duas vezes”, comentou.


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