Economia

Requião ameniza críticas ao grupo francês Vivendi

19 fev 2003 às 10:22

O governador Roberto Requião praticamente isentou a participação do grupo francês Vivendi na responsabilidade da formação do ''pacto de acionistas'', em que o governo do Estado repassou o controle da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) ao Consórcio Dominó Holding, em 1998. Em tom amigável, Requião não descartou a possibilidade de indicar um representante da Vivendi para ocupar um cargo na futura diretoria da Sanepar.

Requião mudou o tom de crítica que tinha em relação ao grupo Vivendi, após encontro com o presidente do grupo francês, Olivier Orsini, ontem, no Palácio Iguaçu. Mas não poupou críticas aos demais participantes do Consórcio Dominó como a construtora Andrade Gutierrez e o banco Opportunity. O governador anulou, via decreto, o ''pacto de acionistas'' e vinha dirigindo pesadas críticas às empresas que integram o Consórcio Dominó e também à administração do então governador Jaime Lerner (PFL), que autorizou o pacto.

Ele disse que não entende como uma construtora do nível da Andrade Gutierrez abriu mão, na condição de acionista, de participar da concorrência das obras da Sanepar, cujo valor soma cerca de R$ 1 bilhão, para ter uma participação de 10% nos lucros no final de um ano inteiro. Em relação ao banco Opportunity, o governador perguntou o que move um representante do mercado financeiro, cujo objetivo é o lucro rápido, a investir em saneamento. ''Só se o Daniel Dantas (presidente do banco) se interessar em fazer o manilhamento em todo o Estado'', ironizou.


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