Economia

Projeto proíbe corte imediato de água e luz para inadimplentes

11 abr 2001 às 21:02

Projeto aprovado pela Assembléia Legislativa proíbe o corte de água e de luz antes de 90 dias após o vencimento da conta. O deputado estadual Ricardo Chab (PTB), autor do projeto, afirma que a idéia não é impedir o corte, mas sim regulamentá-lo. O projeto agora terá que passar pela aprovação do governador.

A proposta, segundo Chab, é beneficiar as famílias mais carentes. "Aquele que numa situação momentânea não tem condições de pagar a conta de água ou de luz." Chab entende que o custo social de se deixar uma família sem água é muito maior do que manter o fornecimento por mais 30 dias. "Ficar sem água significa mais doenças, mais crianças nos postos de saúde, mais gastos com remédios." Por isso, ele quer que o corte seja o último recurso.


No caso da Copel, Chab diz que a suspensão no suprimento de energia também representa prejuízo social. Segundo ele, hoje, muitas famílias assalariadas têm empresas de fundo de quintal e, a maioria, depende de energia elétrica para manter sua produção.


A expectativa da Sanepar, segundo sua assessoria de imprensa, é que o projeto seja vetado pelo governador. A empresa acredita que a proposta do deputado estimulará o aumento da inadimplência, o que acabará gerando dificuldades financeiras, já que a tarifa é a sua única fonte de arrecadação. Segundo a assessoria, a Sanepar já adota como política negociar parcelamento de dívidas e dispõe de tarifas diferenciadas para famílias de baixa renda.


A assessoria de imprensa da Copel informou que também mantém uma política de negociação de dívidas com os clientes. Porém, os prazos para a suspensão do fornecimento de energia foram definidos pela Resolução 456, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em vigor desde novembro do ano passado.

Leia mais em reportagem de Andréa Lombardo, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira


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