A produção industrial do Paraná em novembro de 2002 aumentou 5,7% em relação ao mesmo mês de 2001. Esse é o quarto mês consecutivo em que há alta, impulsionada principalmente pela agroindústria. O desempenho foi superior ao da média nacional, que atingiu expansão de 4,6%. As regiões que tiveram o maior crescimento no mês foram Espiríto Santo (38,9%) e Rio de Janeiro (6,4%), por causa da extração de petróleo. Das 12 regiões pesquisadas, apenas Santa Catarina não teve aumento de produção.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). ''Os resultados da indústria surpreenderam positivamente e fizeram com que analistas revissem suas projeções de crescimento'', afirmou a gerente de análises do departamento de indústria do IBGE, Mariana Rebouças. Segundo ela, o crescimento na produção nacional foi modesto, mas causou surpresa porque ocorreu em um cenário econômico adverso. ''Essa alta está sendo puxada pela extração de petróleo, pela agroindústria e pelas exportações'', observou.
Os setores que puxaram o crescimento industrial do Paraná foram o de mecânica, com aumento de 26%, pela produção de colhedeiras agrícolas, e o de material de transportes (37,9%), com aumento na produção de caminhões e chassis. Também teve destaque a indústria de papel e papelão, que incrementou a produção em 12,7%, impulsionada pelas vendas de papel jornal, em um processo de substituição de importações. Mas o bom desempenho foi generalizado: dos 19 setores pesquisados no Paraná, 16 apresentaram aumento em novembro.
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