Na quinta-feira (10), antes dos preços serem reajustados nas bombas, o que se viu foram grandes filas nos postos de combustíveis de consumidores que queriam aproveitar para abastecer no preço antigo. Mas muitos revendedores aplicaram o reajuste antecipadamente. Em Londrina, o Procon notificou, até o momento, 32 postos para que apresentem as notas fiscais de entrada e de saída desse período a fim de verificar a irregularidade.
Se constatado que houve aumento antecipado, será aberto um auto de infração contra os postos de combustíveis, que poderão ser multados em penas que variam de R$ 700 a R$ 11 milhões. “Agora, se constatado que foi a distribuidora que fez esse repasse ao posteiro, encaminhamos ao Ministério Público para que tome as devidas providências”, disse o coordenador do Procon em Londrina, Thiago Mota Romero.
Com reajuste antecipado ou não, a maioria dos postos de combustíveis da cidade ainda não repassou ao consumidor o percentual anunciado pela Petrobras. Até esta sexta-feira, a gasolina teve um reajuste médio de 5,7%, o etanol, de 3%, e o diesel subiu cerca de 18%. Ainda assim, os motoristas estavam indignados.
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“Nos últimos meses, meus gastos com combustível aumentaram aproximadamente 30%. Nem dá mais para encher o tanque, só quando vou viajar. Eu uso o carro para trabalhar, mas está ficando difícil. Não consigo aumentar na mesma proporção o preço do meu serviço, mas tudo sobe. Está difícil para um pai de família pagar aluguel, água, luz e comida”, disse Alexandre Silva Lopes, que desde que ficou desempregado passou a trabalhar como faz-tudo.
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Em nota, o Paranapetro esclareceu que desde o último final de semana, algumas distribuidoras começaram a reajustar os preços de venda para os postos, antes mesmo de qualquer anúncio oficial de elevação pela Petrobras sob a alegação de maior entrada de combustíveis importados no mercado. De acordo com a entidade, esta tem sido uma prática recorrente.
O sindicato informou também que recebeu inúmeros relatos de revendedores segundo os quais algumas distribuidoras estariam dificultando as vendas para os postos no dia do anúncio do aumento e na véspera, com o intuito de revender os produtos já com os valores mais altos. “Este represamento se deu na forma de pedidos bloqueados, sites de compra fora do ar e centrais telefônicas de suporte que não atendiam as ligações”, informou a nota.
A reportagem entrou em contato com o Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes), mas não obteve resposta.
Denúncias
Os consumidores que se sentirem lesados podem fazer denúncias no Procon-LD. O órgão está situado na Rua Piauí, nº 1.117, região central de Londrina. Os atendimentos à população são feitos de segunda a sexta-feira, das 9 às 15 horas, presencialmente, pelo e-mail [email protected], ou pelos telefones (43) 3372-4823, 3372-4824 e 3372-4825. A população também pode denunciar por meio da página no Facebook e Instagram (@procon.londrina).