A notícia de que a Chrysler procura um comprador para as instalações de sua montadora em Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba) agitou o governo do Estado, prefeitura do município, sindicatos e metalúrgicos. Eles começam a perder as esperanças de que a montadora, desativada no último dia 19, possa voltar a produzir outro modelo de carro.
O anúncio da venda da fábrica foi feito pelo próprio presidente da Daimler Chrysler do Brasil, Benn van Schaik, durante um seminário do setor automotivo, em São Paulo.
Benn van Schaik surpreendeu os participantes do encontro durante sua apresentação. Ele falou dos negócios da empresa e relatou as dificuldades de conquistar o mercado brasileiro com a picape Dakota, fabricada no Paraná. O último modelo saiu da linha de montagem no dia 19, quando os 250 funcionários ganharam férias coletivas até o final de junho. Eles continuam recebendo salário, mas convivem com a incerteza de ter o emprego garantido no final do período.
A diretoria da Chrysler não fornece muitos dados sobre a estratégia que pretende adotar. "A empresa estuda uma solução para a unidade de Campo Largo. É especulação dizer que a fábrica está a venda", informou ontem a assessoria de imprensa. As palavras sobre passar as instalações para outro grupo empresarial saíram da boca do próprio presidente.
Leia mais em reportagem de Carmem Murara, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira