A indústria da construção civil começa a repassar o aumento no custo dos materiais para o consumidor final. A alta do dólar, principalmente no segundo semestre, teve impacto nos preços dos principais insumos utilizados pelo setor. Os empresários afirmam que eles não podem boicotar os produtos, como algumas redes de supermercados estão fazendo com fornecedores que reajustaram os preços. Com isso, o sonho da casa própria fica cada vez mais distante.
Desde o início do ano, o dólar já se valorizou mais de 50%. O fenômeno ocorreu com maior intensidade no segundo semestre, por causa da incerteza com as eleições e da dúvida dos mercados com a capacidade do Brasil honrar compromissos. No final de julho, pela primeira vez desde 1994, o dólar passou da casa dos R$ 3,00. No dia 10 de outubro, a moeda norte-americana chegou a ser cotada a R$ 4,00.
Foi a gota d'agua para que os fornecedores impusessem vários aumentos. Os principais insumos utilizados pela construção civil foram reajustados, de acordo com dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon). O cimento, que já acumulava alta de 14,16% entre janeiro e outubro deste ano, sofreu novo aumento na primeira semana de novembro, acumulando alta de 30% no ano.
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