O Paraná liderou a criação de empregos industriais em março deste ano. Houve crescimento de 4,9% em relação a março de 2002, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No primeiro trimestre desse ano, o crescimento também é alto: 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado. As médias nacionais mostram estabilidade em março e crescimento de apenas 0,5% nos três primeiros meses de 2003.
''Como a produção industrial do Paraná vem crescendo, há repercussão positiva no emprego'', disse a gerente de análise do Departamento de Indústria do IBGE, Mariana Rebouças. A produção cresceu 2% em março. Os setores que contribuíram para o aumento do número de vagas no Estado são o de madeira, com alta de 17,7% no nível de emprego; vestuário (16,5%); alimentos e bebidas (5,8%) e máquinas e equipamentos (16,7%).
''As avaliações positivas ocorreram em função da entrada da safra e também de movimentação intensiva em mão-de-obra'', explicou. Nos últimos 12 meses, o crescimento no Paraná é de 1,76%.
Apesar do crescimento do emprego, a folha de pagamento continua apresentando queda: -3,8% em março e -6,8% no primeiro trimestre. Os dados nacionais também mostram queda de -6,3% em relação a março de 2002, -5,8% no acumulado do ano e -3,1% nos últimos 12 meses.
As pressões negativas que contribuíram para a estabilidade no nível de emprego nacional ocorreram em oito dos dez ramos pesquisados no País: indústria de transformação (-9,8%) e minerais não-metálicos (-3,6%). Os aumentos de maior impacto no cômputo geral são observados nos setores produtores de alimentos e bebidas (2,3%), máquinas e equipamentos (6,0%) e produtos de metal (4,5%).
''Desde novembro havia leve crescimento no emprego nacional, que agora mostra estabilidade por causa do impacto da desaceleração de produção'', avaliou Mariana.