Os postos de combustíveis não pretendem elevar o preço do álcool na bomba, em função do aumento no preço da gasolina. A revisão nos preços do álcool só será cogitada se as distribuidoras decidirem mexer nos preços do álcool também, afirmou o presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese. Para ele, os postos não receberam bem a notícia da alta da gasolina e nem pensam em aumentar o preço do álcool. O empresáriio justifica que elevação de preço agora significa retração no consumo.
O temor dos consumidores é que os postos mantenham a diferença de 40% no preços dos dois combustíveis, o que abre espaço também para aumentar o preço do álcool. Atualmente o preço do álcool na bomba gira em torno de R$ 0,96 o litro, valor que já está acima dos 60% fixado como diferencial em relação ao preço da gasolina. Atualmente as distribuidoras estão entregando o álcool entre R$ 0,84 e R$ 0,85 o litro para os postos.
As usinas, por sua vez, garantem que não pretendem aumentar o preço do álcool, pelo menos esse ano. O superintendente da Associação dos Produtores de Álcool do Paraná (Alcopar), Adriano da Silva Dias, tranquilizou os consumidores e afirmou que as usinas pretendem manter o preço do combustível estabilizado entre R$ 0,60 e R$ 0,62 o litro, valor que remunera o custo de produção.
Dias disse que a manutenção desses preços para o ano que vem vai depender da reação da economia ao anúncio do governo de que pretende aumentar o preço da gasolina de três em três meses. "Não saberemos como vão se comportar os salários, o custo das tarifas. O certo é que se houver inflação, ela será repassada ao custo do álcool", afirmou.