O quarto trimestre de 2017 promete ser menos generoso na oferta de empregos temporários que em anos anteriores. Segundo uma pesquisa feita pelo SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), os segmentos de varejo e serviços ofertarão apenas 51 mil vagas entre outubro e dezembro. Este é um período bastante aguardado não só por aquelas pessoas que não conseguiram uma colocação no mercado de trabalho no decorrer do ano mas também por estudantes, que veem no trabalho temporário a oportunidade de obter uma renda para passar as festas com dinheiro no bolso.
A pesquisa, de abrangência nacional, ouviu 1.168 empresários e gestores responsáveis pela contratação de mão de obra em empresas de serviços e comércio varejista localizadas em todas as capitais e interior do País entre 25 de agosto e 8 de setembro. Do universo de empresários consultados, 38% disseram estar confiantes de que as vendas de fim de ano vão superar as realizadas em 2016. Mesmo assim, segundo apurou a pesquisa, 82% asseguraram que não vão precisar reforçar o quadro de funcionários para o fim do ano, incluindo temporários e efetivos. Trata-se de um quadro, segundo os responsáveis pela pesquisa, condizente com os passos lentos de uma economia que se propõe a iniciar uma trajetória gradual de crescimento.
Entre os empresários que não contrataram e não pretendem contratar novos funcionários, 49% acreditam que a atual equipe conseguirá atender o volume de clientes e não veem necessidade de contratação. Outros 18% acreditam que o movimento no final do ano não irá aumentar. Ainda de acordo com o levantamento, 48% acreditam que não precisarão mudar nada na forma de trabalho, uma vez que não haverá aumento significativo da demanda.
Apenas 13% dos empresários consultados manifestaram a intenção de reforçar o quadro de funcionários e, entre eles, 74% pretendem contratar de um a cinco funcionários - efetivos ou temporários - e 19% ainda não sabem quantos pretendem admitir. A principal motivação entre os que contrataram ou tem contratações previstas é suprir o aumento da demanda no final do ano (75%). Quatro em cada dez desses empresários (40%) afirmam que os contratados serão formalizados pela própria empresa, porém 35% afirmam que serão informais e 13% terceirizados.