Economia

Passagens aéreas internacionais entram em promoção

13 jul 2001 às 18:49

Em pleno período de alta temporada, as empresas aéreas estão antecipando as promoções de passagens aéreas para o exterior, previstas para o período de baixa, que começa a partir de 15 de agosto. Uma passagem Curitiba/Nova York/Curitiba que custa US$ 1.150 no período de alta temporada, caiu para US$ 850 e no próximo dia 23, vai baixar ainda mais, para US$ 740. A Companhia Internacional Ibéria, que opera no país também planeja reduzir as passagens de US$ 1096 para US$ 873, no trajeto São Paulo/Madrid/São Paulo.

A promoção é um recurso que está sendo adotado para driblar a alta do dólar que não pára de subir, disse a gerente de turismo Lidia Trombeta, da agência Diplomata Turismo, de Curitiba. Nesse mês de julho, a procura por passagens internacionais caiu em torno de 60%. Os turistas que estavam planejando fazer viagens internacionais nesse período, estão hoje desfrutando suas férias no Nordeste. "Isso porque o valor do dólar fugiu da realidade do brasileiro", disse.


Como a crise do dólar está demorando a passar, as empresas aéreas começam a recorrer a vários mecanismos. Além das promoções, estão vendo bilhetes internacionais em dez vezes sem juros, disse a gerente da Diplomata Turismo.


Na agência Transoceânica Turismo, o movimento na venda de bilhetes aéreos internacionais caiu 50%. De acordo com o gerente Ernesto Veer, a venda de passagens aéreas está restrita a empresas e executivos que não podem adiar suas viagens e por falta de alternativas, pagam o preço que estiver vigorando. Segundo Veer, a instabilidade do dólar está afugentando o turista.

A cotação do câmbio, em torno de R$ 2,60, está inibindo e deixando as pessoas inseguras no planejamento de suas viagens. Em anos anteriores, nesse período do ano, as agências já registravam aquecimento na procura de pacotes de viagens para o final do ano. O turista está esperando para ver o que vai acontecer. "Todos os dias estamos recebendo centenas de pessoas querendo saber quando será o desfecho da crise, para que possam planejar suas viagens", disse Veer.


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