Economia

Paraná teve queda de emprego em dezembro

08 fev 2001 às 20:38

O nível de emprego no Paraná caiu 1,9% em dezembro, quando foram eliminados 25.883 empregos formais. Mas isso não significa o retorno do desemprego. Pelo contrário o balanço do ano 2000 feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) indica o melhor resultado da década de 90, com a recuperação de 28 mil empregos durante o ano.

Com esse resultado o Paraná encerrou o ano de 2000 com 1,36 milhão de empregos formais atingindo o mesmo patamar de emprego registrado em 1998, considerado o melhor saldo anual da década, analisou o coordenador do Dieese, Cid Cordeiro. Apesar disso, ainda está longe de atingir o nível de trabalhadores formais da primeira metade da década de 90, quando o estado tinha 1,46 milhão de empregos. Só na década de 90, o Estado perdeu 96 mil empregos, incluindo a recuperação de 28 mil empregos ocorrida no ano passado.


Para esse ano, a tendência do emprego no Paraná é de continuar crescendo, considerando as projeções de crescimento da economia brasileira de 4,5%. Os setores que mais empregaram no ano passado foram as montadoras, indústrias do vestuário, química, metalmecânica e telecomunicações. O que preocupa esse ano são as demissões que começam a acontecer em setores específicos como na Volks/Audi e de servidores celetistas da Secretaria da Educação, salientou Cordeiro. E tem ainda as possibilidades de demissões na Chrysler, Banestado e Klabin, adiantou.

O resultado negativo registrado em dezembro foi atribuído a um comportamento sazonal onde setores como indústrias, agricultura e serviços demitiram, enquanto o setor de comércio contratou nesse período. De acordo com Cordeiro, a indústria demite nessa época porque fecha a produção industrial em setembro e a agricultura demite porque encerra o período de safra. Os índices negativos foram registrados na Agricultura com queda de 8,57% no nível de emprego, Administração Pública com queda de 3,6% e Alimentos e Bebidas com queda de 4,58%. Com a queda de renda, as famílias apertam o orçamento no ítem alimentação.


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