Economia

Para Malan, fraudes nos EUA estão prejudicando o Brasil

16 ago 2002 às 18:22

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, afirmou nesta sexta-feira em Curitiba que tem plena confiança na capacidade de recuperação da economia brasileira mesmo com o ''medo contagioso'' que se instalou e disse que o encontro do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) com os presidenciáveis na próxima semana vai permitir que a sucessão presidencial ocorra de forma tranqüila. Malan esteve nesta sexta-feira na cidade para falar sobre a situação econômica do Brasil para empresários paranaenses. Ele também comentou sobre os US$ 2 bilhões de recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT) que serão repassados para incentivar a exportação.

Para Malan, o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) era a melhor opção para o governo atual e vai dar grande contribuição para a governabilidade do próximo presidente. O pacote do FMI, fechado no último dia 8, inclui repasse de US$ 30 bilhões, sendo que US$ 8 bilhões neste ano e US$ 24 bilhões em 2003. O governo federal confirmou também empréstimo de US$ 7 bilhões do Banco Mundial (Bird) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).


Mas mesmo com a ajuda do FMI, a economia brasileira não deu sinais de melhora: entre os dias 9 e 15 de agosto, o dólar subiu 10,3%. De acordo com Malan, as crises internacionais estão prejudicando o Brasil. ''Nos últimos meses houve dezenas de fraudes contábeis que geraram perda de riquezas de trilhões de dólares no mundo, o que levou a um conservadorismo e cautela maiores'', observou Malan. Segundo ele, o mundo todo está sofrendo com a redução de empréstimos, em decorrência da aversão do risco instalada no sistema financeiro.


Segundo Malan, o governo está trabalhando para estancar a falta de liquidez para novos investimentos. Ele disse que o presidente baixou nesta sexta-feira uma medida provisória que destina US$ 2 bilhões de recursos do FAT para o setor exportador via Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele também citou a recente redução nas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) como um impulso para a produção automotiva interna e destinada à exportação.


*Leia mais na edição deste sábado da Folha de Londrina

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