Economia

Pagamento do 13º injetará R$ 1,7 bilhão na economia do Paraná

08 nov 2000 às 18:41

O pagamento do 13º salário, que começa a circular na economia a partir do dia 30 de novembro deverá movimentar R$ 1,73 bilhão, conforme projeções feitas pelo Dieese - Departamento Intersindical de Estudos Sócio Econômicos. Desse total, 50% deverão ser pagos no final do mês e outros 50% até o dia 20 de dezembro.

A injeção desses recursos mantém a recuperação do faturamento do comércio que esse ano deve crescer entre 5% e 10% em relação ao ano passado.


Segundo detalhamento elaborado pelo Dieese, o mercado formal de trabalho, ocupado por cerca de 1,4 milhão de trabalhadores no Estado deverá embolsar um total de R$ 845,6 milhões. Em seguida, 983 mil pessoas inativas e pensionistas vinculados à Previdência Social e Fundos de Previdência recebem 233,9 milhões.


Os 180 mil servidores públicos estaduais recebem R$ 240 milhões, os 27 mil servidores públicos de Curitiba recebem R$ 25 milhões. Os 120 mil servidores do interior do Estado (prefeituras) irão receber R$ 36 milhões, os 15.532 servidores federais lotados no Paraná irão receber R$ 26,3 milhões e os 4.504 taxistas de Curitiba que passam a circular com bandeira 2 a partir de 1º de dezembro devem receber um total de R$ 1,8 milhão.


O mercado informal deverá movimentar em torno de R$ 322,5 milhões, sendo R$ 271,8 milhões para o pagamento de 750 mil trabalhadores sem carteira assinada. E R$ 50,7 milhões serão destinados ao pagamento de aproximadamente 290 mil trabalhadores domésticos que trabalham sem carteira assinada.


Com a injeção desses recursos, o nível de vendas no comércio deve recuperar o faturamento obtido em 1994, que foi considerado o melhor final de ano do Plano Real. Para Daniel Passos, economista do Dieese é necessário que a economia continue com indicadores positivos para que o comércio tenha ganhos daqui para frente.

Passos recomenda que as pessoas utilizem o 13º salário para trocar dívidas de custo muito elevado (cheque especial) para outras de custo menor. Além disso, como a economia ainda vive clima de instabilidade em função da dependência da política externa, Passos recomenda que as pessoas entrem com saldo positivo no início de 2001, para que tenham condições de bancar gastos como o pagamento do IPTU e IPVA, matrículas nas escolas ou gastos com uniformes e material escolar.


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