Os sindicatos dos servidores calculam que as perdas estão próximas a 50%. A mensagem, enviada aos deputados há um mês, prevê gastos de R$ 3,202 bilhões com a folha de pagamento do funcionalismo no próximo ano.
A receita total prevista é de R$ 10,67 bilhões, menor que a deste ano (a previsão foi de R$ 12 bilhões para 2001). Os números precisam passar pelo crivo dos deputados para valer.
Apesar de programar aumento nas despesas correntes (projeção de 6%), o governo descartou os reajustes para o funcionalismo, em um primeiro momento, porque o Estado ainda não se enquadrou nos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em vigor desde maio do ano passado. O Palácio Iguaçu informa que reajustes só serão negociados quando a folha de pagamentos ficar abaixo do teto estabelecido.
De acordo com o secretário da Fazenda e presidente da Copel, Ingo Hubert, o Paraná fecha este ano com comprometimento de 61% da receita com pessoal. Até agosto, este índice estava em 63%. O teto máximo – de 60% – deve ser alcançado no ano que vem, conforme as previsões do secretário. "Não vamos prometer reajustes porque isso depende do crescimento da receita e de encaixar os gastos na lei fiscal", disse.