A onda de calor pelo país levou o consumo brasileiro de energia a bater recorde na sexta-feira (15), informou o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). No mesmo dia, também houve recorde na demanda instantânea por eletricidade.
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Segundo o operador, o consumo de energia do país chegou a 91.339 MW (megawatts) médios, superando os 90.596 MW médios registrados em 17 de novembro de 2023, também em meio a uma onda de calor pelo país.
Já a demanda instantânea bateu 102.478 MW às 14h37 de sexta. O recorde anterior era de 101.860 MW, verificado no dia 7 de fevereiro de 2024, disse o operador.
"O comportamento da carga [de energia] foi influenciado por questões climáticas, principalmente pelas elevadas temperaturas em quase todo o país, que teve o registro de mais uma onda de calor", afirmou o ONS, em nota distribuída neste domingo (17).
A onda de calor que começou no final da semana levou a cidade do Rio de Janeiro a registrar dois recordes consecutivos na medição da sensação térmica, ambos no bairro de Guaratiba, na zona oeste. No sábado (16), o indicador chegou a 60,1°C. Neste domingo, foi a 62,3°C.
Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), além do Rio de Janeiro, estados como Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo também são afetados pela onda de calor.
Com 34,7°C, a cidade de São Paulo teve no sábado o dia mais quente do ano e a maior temperatura para o mês de março em ao menos 81 anos, desde que o Inmet passou a fazer a estatística, em 1943.
A temperatura foi alcançada às 15h no mirante de Santana, na zona oeste, responsável pela medição oficial na capital paulista, mas só foi aferida manualmente à noite pelo instituto.
A previsão de temperaturas elevadas para os próximos dias levou o ONS a prever alta de 5,7% no consumo de energia do país para a próxima semana, na comparação com o mesmo período de 2023. O maior crescimento é estimado para o Nordeste, com 8,8%, seguido pelo Norte (8,5%).
As projeções de crescimento para o Sudeste/Centro-Oeste e para o Sul são de 5,8% e 1,5%, respectivamente.
A onda de calor elevou a procura por aparelhos de ar-condicionado esta semana, quando o comércio promoveu o dia do consumidor, na última sexta-feira.
A data ganhou o apelido de "Black Friday do primeiro semestre" e, tal como acontece com a "irmã" do mês de novembro, consumidores se agitam para fisgar os melhores preços -e de olho em produtos para aliviar o desconforto provocado pelas elevadas temperaturas.
De acordo com levantamento do Buscapé, aparelhos de ar-condicionado saltaram da quarta para a segunda posição entre as categorias mais visadas pelos brasileiros entre 2023 e 2024. Ventiladores e circuladores, na mesma base de comparação, foram da 14ª para a 8ª posição.