A equipe econômica do governo anunciou ontem novas linhas de ações para avisar ao mercado financeiro que a economia brasileira tem bons fundamentos e que continuará honrando seus compromissos. O pacote foi anunciado pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga.
Para alcançar esses objetivos e acalmar o mercado, o governo anunciou que tomará um empréstimo de US$ 10 bilhões do FMI (Fundo Monetário Internacional). Desse montante –que faz parte do acordo fechado com o Fundo no ano passado–, US$ 5,2 bilhões já podem ser sacados, o restante será negociado assim que a diretoria do FMI aprovar a última revisão do acordo, que deverá acontecer no próximo dia 21. Esse dinheiro não poderá ser usado para intervir na cotação do dólar em momentos de maior nervosismo no mercado.
O dinheiro do empréstimo será usado para reforçar as reservas internacionais do País, o que facilita o financiamento do déficit externo e do pagamento da dívida.
Para conter a alta do dólar –que anteontem fechou a R$ 2,795, a segunda maior cotação desde a criação do Plano Real–, o BC reduziu de US$ 20 bilhões para US$ 15 bilhões (descontados os recursos do FMI) o piso para as reservas líquidas em moeda estrangeira do País. Atualmente, o saldo das reservas líquidas é de US$ 28,6 bilhões.
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