Economia

Novo horário de supermercados é novamente adiado

12 jul 2001 às 20:02

Foi prorrogado por mais uma semana o prazo para que as redes de supermercados e os funcionários definam o horário de atendimento das lojas na Região Metropolitana de Curitiba e Litoral.

O Sindicato Patronal de Comércio Varejista (Sindimercados) se reuniu em assembléia e decidiu que vai entregar na próxima segunda-feira a proposta ao Sindicato dos Trabalhadores em Supermercados (Siemarc). As propostas vão ser feitas pelas grandes redes, os maiores interessados na continuidade do horário prolongado, que não quiseram comentar o que pretendem oferecer.


Pela atual convenção trabalhista, assinada em 29 de maio, os supermercados só poderiam funcionar das 8 às 22 horas de segunda a sábado e das 8 às 13 horas aos domingos e feriados.


As grandes redes (Sonae, que controla o Mercadorama e o Big, Extra, Wal Mart e Carrefour) se mostraram contrárias à medida, que deveria ter sido adotada no dia 22 de junho. Em negociações, a data para implantação foi prorrogada para 16 de julho e nesta quinta-feira foi novamente adiada para o próximo dia 23. Durante esse período, os supermercados atendem à noite, aos domingos e feriados.


O presidente do Siemarc, Jorge Leonel de Souza, afirmou desde o início do impasse que os trabalhadores só aceitam retornar a trabalhar no horário antigo se as redes varejistas oferecerem benefícios. Eles reivindicam a participação nos lucros da empresa e pelo menos dois domingos de folga por mês para os funcionários.


O sindicato também afirmou que seria necessário que as lojas que quisessem atender em horário prolongado aumentassem em 20% seus quadros de trabalhadores. O presidente estava viajando ontem, e ninguém do sindicato comentou as medidas anunciadas após a assembléia de hoje.

Se o Siemarc aceitar as propostas que vão ser oferecidas segunda-feira, o acordo ainda deverá passar pelo crivo do sindicato patronal. Segundo o vice-presidente do Sindimercados, Flávio Oscar Câmara, é difícil saber como os proprietários das lojas vão votar. Mas ele diz que muitos estão levando em conta os resultados de uma pesquisa do Instituto Bonilha, feita no mês passado, que apontava que apenas 9% dos clientes costumam comprar aos domingos. Destes, apenas um terço costuma comprar nos domingos à tarde e à noite, segundo o levantamento. "Vamos defender o que a maioria quer, respeitando o hábito do consumidor, que é o principal", afirmou Câmara.


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